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Perguntas frequentes sobre Psicanálise

 

A profissão de psicanalista no Brasil é reconhecida, mas não regulamentada por lei federal ou por conselhos profissionais específicos. Isso significa que não há um órgão oficial que supervisione ou estabeleça diretrizes obrigatórias para a formação e prática dos psicanalistas no país.

Reconhecimento Profissional:

  • Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): O Ministério do Trabalho e Emprego reconhece a ocupação de psicanalista sob o código 2515-50, conforme a Portaria nº 397 de 9 de outubro de 2002.
  • Pareceres de Órgãos Oficiais:
    • Conselho Federal de Medicina: A Consulta nº 4.048/97, de 11 de fevereiro de 1998, reconhece a prática da psicanálise.
    • Ministério Público Federal: O Parecer nº 309/88 também reconhece a atividade psicanalítica.
    • Ministério da Saúde: O Aviso nº 257/57, de 6 de junho de 1957, é considerado um marco histórico para a psicanálise no Brasil.


Ausência de Regulamentação:

Apesar do reconhecimento, a psicanálise não possui regulamentação oficial no Brasil. Não há conselhos federais ou regionais que supervisionem a profissão, nem cursos de graduação reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC) para a formação de psicanalistas. A formação é de caráter livre, oferecida por institutos e sociedades psicanalíticas que seguem o “tripé psicanalítico”: teoria, supervisão e análise pessoal.

Legislação Pertinente:

  • Decreto nº 2.208/1997: Estabelece diretrizes e bases da educação nacional, permitindo a oferta de cursos livres para formação em áreas não regulamentadas.
  • Lei Complementar nº 147/2014: Em seu artigo 5º, inciso I, alínea IV, inclui o psicanalista entre as atividades enquadradas no Simples Nacional, reforçando o reconhecimento formal da profissão.
  • Constituição Federal: O artigo 5º, incisos II e XIII, assegura o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.


Tentativas de Regulamentação:

Existem projetos de lei que visam regulamentar a profissão de psicanalista, como o PLS 101/2018, de autoria do senador Telmário Mota. No entanto, até o momento, não foram aprovados, mantendo a psicanálise como uma profissão não regulamentada no Brasil.

A ausência de regulamentação implica que a prática da psicanálise é livre, sem restrições impostas por conselhos profissionais. Contudo, isso também significa que não há um órgão oficial responsável por zelar pela ética e qualidade dos serviços prestados. Portanto, é fundamental que os profissionais busquem formação de qualidade e sigam padrões éticos estabelecidos pelas instituições formadoras e pelas associações psicanalíticas reconhecidas.

No Brasil e no mundo, a psicanálise é exercida livremente. No Brasil, é uma profissão reconhecida enquanto tal, mas não é regulamentada no sentido de não haver autorização de nenhum conselho estadual ou federal.

Com isso, não existem cursos em nível superior reconhecidos pelo MEC que formem psicanalistas.

Desse modo, é uma profissão livre, reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (CBO – código 2515.50), amparada pelo Decreto nº 2.208 de 17/04/1997, que estabelece Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96), Decreto 2.494/98, Lei Complementar 147/2014 (art. 5-I, IV) e pela Constituição Federal nos artigos 5º incisos II e XIII, podendo ser exercida em todo o País.


Aspectos Legais da Profissão de Psicanalista no Brasil

O exercício da psicanálise no Brasil é amparado por uma série de dispositivos legais que asseguram sua prática como uma ocupação lícita e reconhecida, embora não regulamentada. A seguir, destacam-se os principais fundamentos legais:

Constituição Federal

  • Artigo 5º, incisos II e XIII: Garantem o livre exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. A psicanálise, sendo uma atividade livre, insere-se nesse contexto.


Reconhecimento pelo Ministério do Trabalho e Emprego

  • Classificação Brasileira de Ocupações (CBO): A atividade de psicanalista é reconhecida sob o código 2515-50, conforme a Portaria nº 397 de 09/10/2002, que oficializa a ocupação.


Pareceres e Avisos Oficiais

  • Conselho Federal de Medicina: Consulta nº 4.048/97 de 11/02/1998 reconhece a prática da psicanálise como válida e independente.
  • Ministério Público Federal: Parecer nº 309/88 da Coordenadoria de Identificação Profissional reforça o reconhecimento da atividade.
  • Ministério da Saúde: Aviso nº 257/57 de 06/06/1957 é considerado um marco histórico, legitimando a prática da psicanálise.

Formação em Psicanálise

  • Caráter Livre: A formação em psicanálise não é regulada pelo Ministério da Educação (MEC) e, portanto, não se caracteriza como graduação ou pós-graduação. É oferecida por sociedades ou instituições psicanalíticas e segue o “tripé psicanalítico”: teoria, supervisão e análise pessoal.
  • Decreto Federal nº 2.208/97: Estabelece diretrizes para cursos livres, incluindo os de formação em psicanálise.


Leis Complementares e Reconhecimento Social

  • Lei Complementar nº 147/2014 (art. 5º, inciso I, alínea IV): Inclui a atividade de psicanalista no Simples Nacional, formalizando ainda mais sua relevância profissional.
  • Lei nº 12.933/2008: Institui o “Dia do Psicanalista”, comemorado em 6 de maio, reforçando o reconhecimento social da profissão.


Relevância Profissional

A psicanálise é amplamente praticada em consultórios, hospitais, empresas e outras instituições, sendo reconhecida como uma ferramenta de transformação e cuidado psicológico. A formação, embora livre, demanda rigor teórico e ético, além de uma sólida base técnica.

Embora não regulamentada por um conselho profissional, a psicanálise é uma atividade amplamente reconhecida e amparada por dispositivos legais no Brasil. Os profissionais devem buscar instituições sérias para sua formação, garantindo a qualidade e a ética de sua prática.


A atividade de psicanalista no Brasil não é exclusiva de médicos e psicólogos. A formação em psicanálise é de caráter livre, permitindo que indivíduos com, no mínimo, ensino médio completo possam se formar e atuar como psicanalistas. Essa formação é oferecida por sociedades e instituições psicanalíticas que seguem o “tripé psicanalítico”: análise pessoal, estudo teórico e supervisão clínica.

Atualmente, não existe um órgão de classe oficial responsável pela regulamentação e fiscalização da psicanálise no Brasil. A profissão é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, estando incluída na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) sob o código 2515-50.

Embora o Conselho Federal de Psicologia (CFP) seja o órgão regulador da profissão de psicólogo no Brasil, sua jurisdição não se estende à psicanálise como um todo. O CFP fiscaliza a atuação dos psicólogos, incluindo aqueles que utilizam a psicanálise como abordagem em sua prática profissional. No entanto, não possui competência para regulamentar ou fiscalizar a atividade de psicanalistas que não sejam formados em psicologia.

Historicamente, a psicanálise foi desenvolvida por Sigmund Freud, que era médico neurologista. Em função dessa origem médica, caso houvesse uma regulamentação oficial da psicanálise no Brasil, seria mais plausível que o Conselho Federal de Medicina (CFM) assumisse essa responsabilidade. Inclusive, o CFM já emitiu pareceres reconhecendo a prática da psicanálise, como a Consulta nº 4.048/97 de 11/02/1998.

No entanto, é importante destacar que a psicanálise, tanto no Brasil quanto internacionalmente, tem se desenvolvido como uma prática independente, não restrita a profissionais da medicina ou psicologia. A regulamentação por um conselho específico poderia limitar a diversidade e a riqueza da formação psicanalítica, que historicamente tem sido caracterizada por sua abertura a profissionais de diferentes formações acadêmicas.

Em resumo, a psicanálise no Brasil é uma atividade livre, não exclusiva de médicos e psicólogos, e não possui um órgão de classe oficial para sua regulamentação e fiscalização. A formação e a prática são autorreguladas por instituições independentes, seguindo padrões estabelecidos pela comunidade psicanalítica.

 


A formação em psicanálise é aberta a profissionais de diversas áreas devido à sua natureza interdisciplinar e à ausência de restrições legais que limitem seu acesso a determinadas profissões. Sigmund Freud, o fundador da psicanálise, concebeu-a como uma ciência laica, ou seja, não vinculada exclusivamente aos campos da medicina ou da psicologia. Essa perspectiva permitiu que a psicanálise atraísse indivíduos de formações variadas, como advogados, filósofos, literatos, educadores, teólogos, sociólogos e pedagogos.

Freud valorizava a formação humanista, acreditando que conhecimentos em filosofia, arte, cultura e história, aliados à experiência clínica e ao método psicanalítico, poderiam contribuir significativamente para a compreensão e superação das questões apresentadas pelos analisandos. Essa abordagem ampla enriquece a prática psicanalítica, permitindo uma diversidade de perspectivas e experiências que beneficiam tanto os profissionais quanto os pacientes.

No Brasil, a psicanálise é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) nº 2515-50. A formação em psicanálise é oferecida por instituições que seguem o “tripé psicanalítico”: teoria, supervisão e análise pessoal. Não se enquadra como graduação ou pós-graduação lato sensu e não é regulamentada pelo Ministério da Educação (MEC). Portanto, não há impedimentos legais para que pessoas de diferentes formações acadêmicas se tornem psicanalistas, desde que cumpram os requisitos estabelecidos pelas instituições formadoras.

Restringir a psicanálise a uma única profissão seria contrário à sua essência interdisciplinar e à visão de seus fundadores. É importante ressaltar que, embora a formação em psicanálise seja acessível a diversos profissionais, os grandes autores da área recomendam uma sólida formação nos conceitos psicanalíticos e um alto nível de responsabilidade para o exercício da profissão. Isso inclui o compromisso com a ética, a contínua atualização teórica e a supervisão clínica, garantindo a qualidade do atendimento oferecido aos analisandos.

A abertura da formação em psicanálise a diversas profissões enriquece a prática e está alinhada com a visão original de Freud, que defendia uma ciência laica e acessível a todos os interessados em compreender a mente humana e auxiliar na superação das dores psíquicas.

Referências:


Sim, Freud deixou claro que a psicanálise, enquanto sua criação, deveria ser uma prática acessível a todas as profissões, sem exclusividade de nenhum grupo profissional, como médicos ou psicólogos. Esse posicionamento ficou especialmente evidente em 1925, quando a psicanálise foi levada aos tribunais no caso do psicanalista Theodor Reik, membro da Sociedade Psicanalítica de Viena, acusado de “exercício abusivo da profissão médica” e “charlatanismo”.

Freud interveio diretamente no caso, explicando a um juiz que a prática psicanalítica não precisava ser restrita a médicos. Essa situação gerou um amplo debate entre os próprios psicanalistas sobre se a psicanálise deveria ou não ser considerada uma atividade exclusivamente médica. Muitos desses debates desagradaram a Freud, que, temendo pelo destino de sua criação, adotou uma posição pública firme em favor da análise leiga.

Em correspondência com Paul Federn, Freud afirmou:

“Não peço que os membros adotem meus pontos de vista, mas vou sustentá-los em particular, em público e nos tribunais”. E complementou: “Mais dia, menos dia será necessário travar essa batalha pela análise leiga. Melhor agora que mais tarde. Enquanto viver, tentarei impedir que a psicanálise seja engolida pela medicina.”

Esse posicionamento histórico demonstra que Freud acreditava no caráter interdisciplinar e independente da psicanálise. Ele a concebia como uma prática humanista e científica, não limitada aos cânones da medicina ou de qualquer profissão específica. Para Freud, o importante era que os praticantes estivessem solidamente formados nos conceitos e métodos psicanalíticos, fossem eles oriundos da medicina, filosofia, direito, ou outras áreas.

Após o caso de Theodor Reik, Freud reforçou publicamente que a psicanálise deveria ser acessível a qualquer profissional que buscasse compreender e aplicar seus métodos, sem exclusividade ou restrição profissional. Assim, a psicanálise permaneceu, e ainda é, uma prática livre e aberta a todas as profissões, alinhada com os princípios de seu criador.

Referências:

  • Jones, E. (1957). A Vida e Obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago Editora.
  • Freud, S. (1927). A Questão da Análise Leiga. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, Vol. 20. Rio de Janeiro: Imago Editora.
  • Gay, P. (1988). Freud: Uma Vida para o Nosso Tempo. São Paulo: Companhia das Letras.


A formação em psicanálise no Brasil ocorre predominantemente por meio de cursos livres oferecidos por instituições especializadas, que não são regulamentados pelo Ministério da Educação (MEC) e, portanto, não conferem diplomas de graduação ou pós-graduação reconhecidos. No entanto, a prática da psicanálise é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego, conforme a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO) nº 2515-50, legitimando o exercício profissional no país.

Recentemente, o Centro Universitário Internacional Uninter anunciou a oferta de um curso de bacharelado em Psicanálise na modalidade de Educação a Distância (EAD), com duração de quatro anos e carga horária de 3.200 horas. De acordo com a legislação vigente, universidades e centros universitários possuem autonomia para criar cursos superiores sem necessidade de autorização prévia do Ministério da Educação (MEC). Essas instituições devem apenas informar o MEC sobre a criação dos cursos para fins de supervisão, avaliação e posterior reconhecimento. Portanto, o curso de bacharelado em Psicanálise da Uninter está dentro da legalidade, tendo sido autorizado tacitamente conforme as portarias e normas vigentes. A instituição necessita apenas informar o MEC sobre a criação do curso.

É importante notar que, embora a Uninter tenha autonomia para oferecer o curso, o reconhecimento oficial pelo MEC ocorrerá posteriormente. O pedido de reconhecimento deve ser solicitado após 50% do prazo previsto para a integralização da carga horária do curso, ou seja, aproximadamente após dois anos do início das atividades. Somente após esse reconhecimento é que os diplomas emitidos terão validade nacional.

Adicionalmente, a oferta de cursos de graduação em áreas como Direito, Medicina, Odontologia, Psicologia e Enfermagem, mesmo por universidades e centros universitários, depende de autorização do MEC após prévia manifestação dos respectivos conselhos profissionais, como o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e o Conselho Nacional de Saúde. No entanto, a Psicanálise não possui um conselho profissional regulamentador no Brasil, o que permite a oferta do curso sem essa etapa adicional de autorização.

Em resumo, o curso de bacharelado em Psicanálise da Uninter está em conformidade com a legislação educacional brasileira, podendo ser ofertado mediante comunicação ao MEC e aguardando o processo de reconhecimento oficial durante sua vigência.

Em resumo, a formação em psicanálise no Brasil pode ser obtida por meio de cursos livres ou, mais recentemente, por meio de graduações oferecidas por instituições de ensino superior. No entanto, a profissão permanece sem regulamentação específica por conselhos profissionais, e a escolha da formação deve ser feita com cautela, considerando a seriedade e a qualidade da instituição de ensino, bem como o compromisso com a ética e a profundidade exigidas pela prática psicanalítica.


No Brasil, a profissão de psicanalista não é regulamentada por lei específica e, portanto, não existe um Conselho Federal de Psicanálise oficial. Os conselhos profissionais são autarquias federais criadas por lei com a função de supervisionar, disciplinar e julgar o exercício de profissões regulamentadas, o que não se aplica à psicanálise.

Apesar disso, existem diversas associações e instituições privadas que congregam psicanalistas e promovem a prática da psicanálise no país. Essas entidades, embora não possuam autoridade oficial para regulamentar a profissão, oferecem suporte, formação continuada e espaços de discussão para profissionais da área.

É importante ressaltar que a filiação a essas entidades não é obrigatória para o exercício da psicanálise no Brasil, mas pode ser benéfica para o desenvolvimento profissional e acesso a recursos na área. Ao escolher uma associação para se filiar, é recomendável verificar a credibilidade e os serviços oferecidos por ela, garantindo que atendam às suas expectativas e necessidades profissionais.


No Brasil, a profissão de psicanalista não é regulamentada por um conselho profissional oficial, o que significa que não há obrigatoriedade de registro em órgãos específicos para exercer a atividade. No entanto, associar-se a institutos, associações ou sociedades de psicanálise é altamente recomendável para aprimoramento profissional, networking e acesso a recursos atualizados na área.

Ao concluir sua formação em psicanálise, você pode apresentar seu certificado e outros documentos exigidos pela entidade escolhida para se filiar. Embora algumas dessas instituições ofereçam carteirinhas de identificação, elas não são obrigatórias para a prática profissional. A filiação é voluntária e pode ser feita em organizações de qualquer região do Brasil, já que funcionam em modelo associativo não compulsório.


Após concluir um curso de formação em psicanálise, você estará apto a atuar como psicanalista no Brasil. Embora a profissão não seja regulamentada por um conselho profissional específico, ela é reconhecida pelo Ministério do Trabalho e Emprego sob o código 2515-50 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO).

Durante sua formação, você adquirirá uma base sólida nos principais conceitos e abordagens psicanalíticas, além de orientações práticas para a atuação profissional. É importante destacar que, na tradição psicanalítica, a autorização para atuar como psicanalista é um processo subjetivo, no qual o profissional, após concluir sua formação, avalia seu próprio preparo e responsabilidade para iniciar a prática clínica.

Embora a associação a institutos ou sociedades de psicanálise não seja obrigatória, ela é altamente recomendada. Essas entidades oferecem suporte contínuo, oportunidades de aperfeiçoamento e uma rede de contatos profissionais que podem ser valiosos no início de sua carreira. Para se associar, geralmente é necessário apresentar o certificado de conclusão do curso e atender aos requisitos específicos de cada organização.

Além disso, é fundamental manter um compromisso contínuo com o desenvolvimento profissional, participando de supervisões, análises pessoais e atividades de formação complementar. Esse compromisso assegura uma prática ética e eficaz, alinhada aos princípios da psicanálise.

Em resumo, após concluir seu curso de formação, você poderá atuar como psicanalista, desde que se sinta preparado e comprometido com a ética e a responsabilidade que a profissão exige. A filiação a instituições psicanalíticas, embora opcional, pode proporcionar suporte valioso em sua trajetória profissional.


É importante que o psicanalista atue dentro dos limites de sua competência, evitando práticas exclusivas de profissões regulamentadas, como a medicina e a psicologia.

Atividades que o psicanalista não deve realizar:

  • Prescrição de medicamentos: A prescrição de fármacos é uma atribuição exclusiva de profissionais médicos. Psicanalistas sem formação médica não devem indicar ou prescrever medicamentos.

  • Diagnóstico de doenças médicas ou psicológicas: O diagnóstico clínico de transtornos mentais ou doenças físicas é reservado a médicos e psicólogos. O psicanalista deve focar na compreensão dos processos inconscientes e não em diagnósticos formais.

  • Aplicação de testes psicológicos: A utilização de instrumentos psicológicos padronizados é uma atividade privativa de psicólogos, conforme regulamentação específica. Psicanalistas não devem aplicar esses testes sem a devida formação e credenciamento.

  • Encaminhamentos formais na área médica: Embora o psicanalista possa sugerir que um analisando busque apoio médico ou psicológico adicional, não deve emitir encaminhamentos formais que são de competência de médicos ou psicólogos.

Atividades Restritas aos Psicólogos:

De acordo com a Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, constituem funções privativas do psicólogo:

  • Diagnóstico Psicológico: Utilização de métodos e técnicas psicológicas para avaliar o funcionamento mental e comportamental.

  • Orientação e Seleção Profissional: Aplicação de procedimentos para auxiliar na escolha ou mudança de carreira.

  • Orientação Psicopedagógica: Intervenções voltadas ao processo de aprendizagem e desenvolvimento educacional.

  • Solução de Problemas de Ajustamento: Atuação em questões relacionadas à adaptação pessoal e social.

Além disso, a aplicação de testes psicológicos, elaboração de laudos, pareceres, declarações, relatórios e avaliações psicológicas são atividades exclusivas dos psicólogos, conforme regulamentação do Conselho Federal de Psicologia.

Implicações Legais do Exercício Ilegal da Psicologia:

O exercício ilegal da profissão de psicólogo é considerado contravenção penal no Brasil. O Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais), em seu Artigo 47, estabelece:

“Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício: Pena – prisão simples, de 15 dias a 3 meses, ou multa.”

Ademais, o Código Penal Brasileiro, em seu Artigo 299, prevê sanções para falsidade ideológica, que podem ser aplicadas a quem se apresenta falsamente como profissional habilitado:

“Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Pena – reclusão, de 1 a 5 anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 a 3 anos, e multa, se o documento é particular.”

Recomendações para Psicanalistas de Formação Livre:

  • Limitação de Atividades: Psicanalistas sem formação em psicologia ou medicina devem restringir sua prática à escuta analítica e interpretação, evitando diagnósticos clínicos, prescrição de medicamentos e aplicação de testes psicológicos.

  • Documentação: Ao elaborar registros de atendimentos, devem abster-se de emitir documentos como laudos, pareceres ou relatórios psicológicos, que são de competência exclusiva dos psicólogos.

  • Transparência Profissional: É imprescindível que o psicanalista deixe claro aos seus clientes sua formação específica, evitando qualquer confusão com profissionais de psicologia ou medicina.

Respeitar essas diretrizes é essencial para garantir uma prática ética e legal, protegendo tanto o profissional quanto os clientes atendido

Em resumo, o psicanalista deve concentrar-se na escuta analítica e na interpretação dos conteúdos inconscientes, respeitando as delimitações das profissões regulamentadas e assegurando a confidencialidade e o respeito aos analisandos.

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O psicanalista desempenha um papel fundamental no auxílio ao paciente para o autoconhecimento e compreensão das raízes históricas de comportamentos e angústias presentes. Por meio da análise de processos inconscientes, o psicanalista busca identificar causas e respostas que promovam a superação de dores e o desenvolvimento pessoal.

Principais Competências e Atividades do Psicanalista:

  • Escuta Ativa e Interpretação: O psicanalista utiliza técnicas como a livre associação de ideias, interpretação dos sonhos e análise de símbolos para acessar conteúdos inconscientes, promovendo insights que facilitam a compreensão de si mesmo.

  • Análise de Atos Falhos: Observa e interpreta erros cotidianos, esquecimentos e lapsos de memória, reconhecendo-os como manifestações do inconsciente que revelam desejos e conflitos internos.

  • Promoção do Autoconhecimento: Auxilia o paciente a identificar e compreender padrões de comportamento, emoções e pensamentos, facilitando a resolução de traumas, medos e bloqueios.

  • Apoio na Superação de Traumas: Trabalha com o paciente para elaborar e integrar experiências passadas, contribuindo para a redução de sintomas e melhoria do bem-estar emocional.

É importante destacar que, embora o psicanalista desempenhe um papel terapêutico significativo, ele não realiza diagnósticos clínicos formais, prescrição de medicamentos ou aplicação de testes psicológicos, atividades reservadas a profissionais regulamentados como psicólogos e médicos.

Em resumo, o psicanalista atua como facilitador do processo de autodescoberta e transformação pessoal, utilizando técnicas específicas para acessar e compreender o inconsciente, promovendo o crescimento e o bem-estar emocional do paciente.


A prática psicanalítica fundamenta-se em técnicas desenvolvidas por Sigmund Freud, que visam acessar o inconsciente e promover o autoconhecimento. As principais técnicas incluem:

  • Associação Livre: O paciente é encorajado a expressar espontaneamente pensamentos e sentimentos, sem censura ou filtro, permitindo que conteúdos inconscientes emergam.

  • Interpretação dos Sonhos: Os sonhos são analisados para revelar desejos e conflitos inconscientes, distinguindo-se entre o conteúdo manifesto (o que é lembrado) e o conteúdo latente (significado oculto).

  • Análise da Transferência: Examina-se a projeção de sentimentos e atitudes do paciente em relação ao analista, refletindo relacionamentos passados e dinâmicas internas.

  • Atenção Flutuante: O analista mantém uma escuta receptiva e não direcionada, permitindo que aspectos significativos do discurso do paciente sejam percebidos sem preconceitos.

  • Neutralidade Técnica: O analista adota uma postura imparcial e não intrusiva, evitando influenciar as associações do paciente e permitindo que este explore livremente seus pensamentos e emoções.

É importante notar que a integração de técnicas de outras abordagens, como Programação Neurolinguística (PNL), coaching e terapias holísticas, não faz parte da prática psicanalítica tradicional. A psicanálise possui um conjunto específico de métodos e princípios teóricos; portanto, a combinação com outras técnicas deve ser considerada com cautela, respeitando os limites e a ética de cada abordagem.

A formação adequada e o compromisso com a ética profissional são essenciais para a prática eficaz e responsável da psicanálise. O analista deve estar atento às especificidades de sua abordagem e às necessidades individuais de cada paciente, garantindo um ambiente terapêutico seguro e propício ao desenvolvimento pessoal.


A postura ética do psicanalista é fundamental para garantir a integridade da prática psicanalítica e o bem-estar dos analisandos. Os principais aspectos a serem observados incluem:

1. Confidencialidade e Sigilo Profissional:

O psicanalista deve manter absoluto sigilo sobre as informações compartilhadas pelo analisando durante as sessões, garantindo a privacidade e a confiança necessárias para o processo terapêutico.

2. Respeito aos Limites Profissionais:

É imperativo que o psicanalista não ultrapasse os limites de sua competência, evitando práticas exclusivas de outras profissões regulamentadas, como a prescrição de medicamentos ou a aplicação de testes psicológicos, que são atribuições de médicos e psicólogos, respectivamente.

3. Evitar Conflitos de Interesse:

O psicanalista não deve utilizar a relação terapêutica para obter benefícios pessoais, financeiros ou de qualquer outra natureza, mantendo sempre uma postura profissional e ética.

4. Compromisso com o Bem-Estar do Analisando:

A prática psicanalítica deve ser conduzida com o objetivo de promover o autoconhecimento e o bem-estar do analisando, evitando qualquer ação que possa causar constrangimento, dor ou sofrimento desnecessário.

5. Transparência e Honestidade:

O psicanalista deve ser transparente quanto aos objetivos, métodos e limites da psicanálise, esclarecendo ao analisando o que pode ser esperado do processo terapêutico.

6. Busca Contínua por Aperfeiçoamento:

É responsabilidade do psicanalista manter-se atualizado em relação aos avanços teóricos e técnicos da psicanálise, participando de supervisões e formações contínuas para aprimorar sua prática profissional.

Ao seguir rigorosamente esses princípios éticos, o psicanalista assegura uma prática profissional responsável, respeitosa e eficaz, contribuindo para a credibilidade da psicanálise como método terapêutico.


Para atuar como psicanalista de forma regularizada no Brasil, é fundamental formalizar sua atividade profissional e cumprir com as obrigações tributárias.

Passos para Formalização:

  1. Consulta a um Contador Especializado: O primeiro passo é buscar orientação de um contador com experiência na área de saúde ou serviços terapêuticos. Este profissional auxiliará em todas as etapas do processo de formalização, garantindo conformidade com as exigências legais.

  2. Definição da Natureza Jurídica: Geralmente, psicanalistas optam por constituir-se como Empresário Individual ou Sociedade Limitada, dependendo de fatores como faturamento previsto e estrutura de trabalho. A escolha adequada da natureza jurídica é essencial para determinar as obrigações fiscais e trabalhistas.

  3. Escolha do CNAE Apropriado: A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) específica para atividades de psicanálise é a 8650-0/03 – Atividades de psicologia e psicanálise. Este código deve ser utilizado no registro da empresa para identificar corretamente a atividade exercida.

  4. Registro nos Órgãos Competentes: O contador providenciará o registro da empresa nos órgãos necessários, como Junta Comercial, Receita Federal (para obtenção do CNPJ) e Prefeitura Municipal (para o alvará de funcionamento).

  5. Opção pelo Regime Tributário: O Simples Nacional é uma opção vantajosa para psicanalistas, pois simplifica o pagamento de impostos por meio de uma guia única. No entanto, é importante avaliar, com o auxílio do contador, se este é o regime mais adequado para sua realidade, considerando fatores como faturamento e despesas operacionais.

Tributação no Simples Nacional:

No Simples Nacional, as atividades de psicanálise enquadram-se nos Anexos III ou V, dependendo da relação entre a folha de pagamento e o faturamento (conhecida como Fator R).

  • Anexo III: Aplica-se quando a razão entre a folha de salários e a receita bruta for igual ou superior a 28%. As alíquotas variam de 6% a 33%, conforme o faturamento anual.

  • Anexo V: Aplica-se quando a razão entre a folha de salários e a receita bruta for inferior a 28%. As alíquotas variam de 15,5% a 30,5%, conforme o faturamento anual.

É importante destacar que, embora o Simples Nacional ofereça facilidades, a opção por este regime deve ser cuidadosamente analisada com o contador, considerando as especificidades da sua atividade e planejamento financeiro.

Benefícios da Formalização:

  • Emissão de Notas Fiscais: A formalização permite a emissão de notas fiscais, conferindo maior credibilidade e profissionalismo aos serviços prestados.

  • Acesso a Benefícios Previdenciários: Como contribuinte regular, o psicanalista tem direito a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença.

  • Facilidade em Contratar Serviços: Empresas formalizadas têm mais facilidade em estabelecer parcerias e contratar serviços, ampliando oportunidades de negócio.

Em resumo, a formalização da atividade de psicanalista por meio da abertura de uma empresa e adesão ao regime tributário adequado é essencial para atuar de maneira regularizada e profissional no mercado brasileiro. A orientação de um contador especializado é indispensável para garantir que todas as etapas sejam cumpridas corretamente, assegurando conformidade legal e eficiência tributária.


Segundo o CB0 nº 2525-50 do Ministério do Trabalho e Emprego, no final do Curso de Formação em Psicanálise Clínica você estará apto a atuar nas seguintes áreas:

1 – AVALIAR COMPORTAMENTOS INDIVIDUAL, GRUPAL E INSTITUCIONAL:

Triar casos, entrevistar pessoas, levantar dados pertinentes, observar pessoas e situações, escutar pessoas ativamente.

Investigar pessoas, situações e problemas, escolher o instrumento de avaliação, aplicar instrumento de avaliação, sistematizar informações, elaborar diagnósticos, elaborar pareceres, laudos e perícias, responder a quesitos técnicos judiciais, devolver resultados (devolutiva).

2 – ANALISAR, TRATAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES:

Propiciar espaço para acolhimento de vivencias emocionais (setting), oferecer suporte emocional, tornar consciente e inconsciente, propiciar a criação de vínculos paciente-terapeuta, interpretar conflitos e questões, elucidar conflitos e questões.

Promover a integração psíquica, promover o desenvolvimento das relações interpessoais, promover desenvolvimento da percepção interna, mediar grupos, família e instituições para solução de conflitos, dar aula.

3 – ORIENTAR INDIVÍDUOS, GRUPOS E INSTITUIÇÕES:

Propor alternativas para solução de problemas, informar sobre o desenvolvimento do psiquismo humano, aconselhar pessoas, grupos e famílias, orientar grupos profissionais, orientar grupos específicos (pais, adolescentes, etc., assessorar instituições.

4 – ACOMPANHAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES:

Acompanhar impactos em intervenções, acompanhar o desenvolvimento e a evolução do caso, acompanhar o desenvolvimento de profissionais sem formação e especialização, acompanhar resultados de projetos, participar de audiências.

5 – EDUCAR INDIVÍDUOS  GRUPOS E INSTITUIÇÕES:

Estudar caso em grupo, apresentarem estudos de caso, ministrar aulas, supervisionar profissionais da área e de áreas afins, realizar trabalhar para desenvolvimento de competência e habilidades profissionais.

Formar psicanalistas, desenvolver cursos para grupos específicos, confeccionar manual educativo, desenvolver curso para profissionais de outras áreas, propiciar recursos para o desenvolvimento de aspectos cognitivos, acompanhar resultados de curas, treinamento.

6 – DESENVOLVER PESQUISAS EXPERIMENTAIS, TEÓRICOS E CLÍNICAS:

Investigar o psiquismo humano, investigar o comportamento individual, e grupal e institucional, definir o problema e objetivos, pesquisar bibliografias, definir metodologia de ação, estabelecer parâmetros de pesquisa, construir instrumentos de pesquisa, coletar dados, organizar dados, compilar dados, fazer leitura de dados, integrar produtos de estudos de caso.

7 – COORDENAR EQUIPES DE ATIVIDADES DE ÁREAS AFINS:

Planejar as atividades da equipe, programar atividades gerais, programar atividades da equipe, distribuir tarefas a equipe, trabalhar a dinâmica da equipa, monitorar atividades das equipes, preparar reuniões, coordenar reuniões, coordenar grupos de estudos, organizar eventos, avaliar propostas e projetos,avaliar e executar as ações.

8 – PARTICIPAR DE ATIVIDADES PARA CONSENSO E DIVULGAÇÃO PROFISSIONAL:

Participar de palestras, debates, entrevistas, seminários, simpósios, participar de reuniões científicas (Congressos, etc.), publicar artigos, ensaios de livros científicos, participar de comissões técnicas, participar de conselhos municipais, estaduais e federais, participar de entidades de classe.

Participar de evento junto aos meios de comunicação, divulgar práticas do psicanalista, fornecer subsídios às estratégias organizacionais, fornecer subsídios à formação de políticas organizacionais, buscar parcerias, ética e organizacional.

9 – REALIZAR TAREFAS ADMINISTRATIVAS:

Redigir pareceres, redigir relatórios, agendar atendimentos, receber pessoas, organizar prontuários, criar cadastros, redigir ofícios, memorandos e despachos, compor reuniões administrativas técnicas, fazer levantamento estatístico, comprar material técnico, prestar contas.

10 – DEMONSTRAR COMPETÊNCIAS PESSOAIS:

Manter sigilo, cultivar a ética,demonstrar ciência sobre o código de ética profissional, demonstrar ciência sobre a legislação pertinente, demonstrar bom senso, respeitar os limites de atuação, ser psico-analisado, ser psicoterapeutizado, demonstrar continência (Acolhedor).

Demonstrar interesse pela pessoa, ser humano, ouvir ativamente (saber ouvir), manter-se atualizado, contornar situações adversas, respeitar valores e crenças dos clientes, demonstrar capacidade de observação.

Demonstrar habilidade de questionar, amar a verdade, demonstrar autonomia de pensamento, demonstrar espírito crítico, respeitar os limites do cliente e tomar decisões em situações de pressão.

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